domingo, 17 de junho de 2012

VIOLÃO – instrumento do “primeiro emprego”


Eu e minhas irmãs aprendemos a tocar violão após meu tio Adair nos dar o violãozinho verde, aquele da foto dos meus avôs. Não tínhamos professor. Aprendemos olhando os outros, e estudando no suplemento infantil do Jornal Diário do Povo, que trazia aulas da Professora Alba Regina aos domingos. Tínhamos facilidade em fazer os rítmos e os acordes e uma ajudava a outra. Aos doze anos comecei a participar de grupos de jovens da igreja, aprendi novos rítmos e comecei a tocar violão na missa. Toquei por dez anos. Aos quinze comecei a dar aulas para crianças do bairro, depois numa escola de violão e continuei a ensinar por vinte anos, com método próprio.



Primeiro método impresso.





 Os métodos aprimorados, em três volumes cada. Estes foram vendidos por mala direta para todo o Brasil em revistas como Contigo e Playboy, em 1986/1987. Um problema com os distribuidores rompeu a parceria.




EXPLORANDO POSSIBILIDADES 5 - Grupo ÀluzdaluA Contação de Histórias

Em 1999 Eu e minha irmã gêmea, que também é professora de Educação Infantil na Rede Municipal de Ensino de Campinas, preparamos uma contação de histórias para apresentar em uma entidade em que eu trabalhava. O resultado foi tão bom que resolvemos investir na atividade: encomendamos um cenário desmontável, compramos figurino e improvisamos alguns acessórios. No espetáculo, tocávamos violão e nos revezávamos por algum tempo, para que o público achasse que havia uma única pessoa, até que aparecíamos juntas. Para as crianças era mágico, já que além de gêmeas idênticas, as roupas e a maquiagem eram iguais. 







Realizamos apresentações até 2004. Voltamos a fazer algumas apresentações para eventos da Secretaria de Educação e para entidades.

Nos apresentávamos em escolas, festas de aniversário, shoppings, congressos e outros.

EXPLORANDO POSSIBILIDADES 4 - desenhando e pintando


Quando éramos pequenas, nós três gostávamos muito de desenhar e pintar. Minha mãe, quando ia na "cidade" (centro de Campinas) fazer compras, trazia cadernos de desenhos para nós. Quando acabava o caderno, a briga era pelo papel de pão (comprava-se pão do tipo bengala, embrulhado em papel cinza).  Me lembro das aquarelinhas, lápis de cor, giz de cera e de quando a Ana (minha irmã mais velha) resolveu pintar meu rosto em aquarela, enquanto eu ficava posando. Ela pintou meus cabelos de loiros.
Em 1991 entrei no curso de desenho e pintura no CAA – Centro Avançado de Arte, do Paulo Branco, onde aprendi mais técnicas de desenho e pintura.

 Exposição dos alunos do Estúdio Paulo Branco no Clube Cultura Artística em 1989, com Lili.

 Inês também foi me prestigiar.
Depois fiz outro curso de desenho e pintura e um de publicidade e propaganda.

 Expondo na Feira de Artesanato que era na Praça Carlos Gomes, em 1990, com Lili Detoni (http://ldetoni.blogspot.com).

 Até desenho de roupas eu fiz, quando adulta.

Cartões de Natal e quadrinhos em aquarela.


Ilustração de cartaz e convite do evento acima.

EXPLORANDO POSSIBILIDADES 3 - vespa e cavaco motoqueira


Como meu primeiro veículo foi uma Vespa 1986, em 1991 realizei o sonho de participar do Passeio de Moto Circuito das Águas, com a companhia da querida Lili Detoni (http://ldetoni.blogspot.com). Foi bastante divertido, apesar do frio e aparecemos até na TV, que cobria o evento.



Como gostava muito de tocar, e aprendi cavaco também na escola de música em que trabalhei de 1984 a 1987, me metia a tocar também quando viajava.


Praia dos Sonhos, em Itanhaém, litoral sul. Toquei a música Conselho com um grupinho de pagode que se divertia por lá, entre 1985 a 1989.

EXPLORANDO POSSIBILIDADES 2 - momento passarela


Sempre procurei sair da rotina e tentar coisas novas, busquei realizar alguns sonhos e desejos que, apesar de pequenos para muitas pessoas, necessitavam de certa coragem e ousadia de minha parte, diante do contexto em que fui criada e vivia. Boa parte foi passageira, mas me deu motivação para que eu sempre tentasse explorar meus talentos e novas possibilidades de realização pessoal.

Como muitas jovens, tinha muita vontade de ser modelo, mas não foi possível investir nisso na idade correta (não tinha condições financeiras e minha família não gostava da ideia). Mas fiz um curso aos 24 e desfilei algumas vezes em troca de roupas.

Desfile de uma loja do Iguatemi no Royal Palm Plaza, em 1988.

EXPLORANDO POSSIBILIDADES 1 – crochè, miçangas e costura


Os talentos aflorados em cada um de nós, às vezes aparecem bastante focados. Não no nosso caso. Digo isso porque eu e minhas irmãs nos interessamos ao longo de nossas vidas por artes variadas, desde crochê, tricô, costura, bordado, desenho, pintura em tecido, artesanato em cerâmica, decoração (muros, festas de aniversário, nascimento, Natal, etc), contação de história, fantoches... ufa! Não que as três tenham desenvolvido todas essas artes, mas cada uma foi focando em um conjunto delas. Uma delas foi cantar em coral. Cantei no Coral do Círculo Militar em 1978 e no Coral da UNICAMP em 1984.


Coral do Círculo Militar de Campinas, em 1978.


Desde pequenas aprendemos com minha avó a fazer crochê (saia de bonecas aos 7 anos), a costurar (bonequinhos aos 9 anos) e depois pulseiras, brincos e colares de miçangas para vender (era moda e fazíamos {a noite, vendo novela), pintura em camisetas (colegial e faculdade), pantufas, fantoches de mão, dedoches e outros objetos. 

 Inês, mamãe e eu, com nossos fantoches em 1985.

Produções em 2003.





A MAGIA DA IMAGEM E DO SOM – um tio avô muito especial


Desde pequena, visitávamos uns dos irmãos mais novos da minha querida Vovó Maria e éramos visitados por sua família, já que a afinidade era grande e uma de suas filhas tinha minha idade. Minha mãe gostava demais deles e temos muito carinho também. Meu tio avô está com 91 anos e se chama Henrique de Oliveira Júnior, fundador do MIS – Museu da Imagem e do Som de Campinas. A máquina que construiu quando moço está exposta no MIS e seu acervo é maravilhoso. Eis algumas fotos do Teatro Municipal (É, gente... já tivemos teatro de verdade por duas vezes, ambos foram demolidos!!!! Ô karma!), publicadas no livro “Trabalho do Olhar” – Coleção Fotográfica Henrique de Oliveira Júnior, em 1999, pelo MIS – Museu da Imagem e do Som de Campinas.





Graças às filmagens que ele fazia em festas familiares, temos imagens em DVD do meu bisavô, minha bisavó, avós, tios que já se foram, um verdadeiro tesouro para a época em que foram feitas.